Os grandes mestres da espiritualidade Foucauldiana

Henri Huvelin, (7 de outubro de 1830 - 10 de julho de 1910). Foi o diretor espiritual que mostrou ao jovem Carlos de Foucauld que não era possível crer sem desarmar-se, sem submeter-se a Deus, abaixar-se diante dele e confessar os pecados. Como um excelente diretor, acompanhou e orientou toda a trajetória espiritual do Irmão Carlos e ajudou-o a discernir os sinais de Deus e a vontade de Deus em sua vida.






Louis Massignon (25 de julho de 1883 - 31 de outubro de 1962). Era um estudioso Católico do Islã e um pioneiro do estudo católico-mulçumano de compreensão mútua. Ele era uma figura influente no século XX no que tange a relação da Igreja Católica com o Islã. Massignon não conseguiu viver o estilo de vida do irmão Carlos, mas além de segui-lo durante toda a vida, foi o executor do seu legado espiritual: o Diretório, a regra para a fundação dos Irmãozinhos de Jesus, que Louis Massignon devidamente viu na publicação em 1928, depois de uma longa hesitação por parte das autoridades da igreja sobre o imprimatur.



René Bazin, (26 de dezembro de 1853 - 20 de julho de 1932). Foi um escritor francês, professor, advogado, romancista, jornalista, historiador, e autor de livros de viagem. Depois de uma licenciatura em Direito em Paris, fez doutorado na Universidade Católica Angers (1877). Em 1876 casou-se com Aline Bricard. Em 1915 foi eleito presidente da Corporação de publicitários cristãos, que também é chamado União dos Jornalistas franceses, e em 1917 fundou o Gabinete da Imprensa católica.

A pedido de Louis Massignon, René Bazin escreveu o livro: "Charles de Foucauld, explorador do Marrocos, eremita no deserto do Saara" (1921). A vida escondida de Foucauld não ficou oculta por muito tempo, pois esta biografia inspirou alguns jovens a segui-lo. A primeira Fraternidade dos Irmãozinhos de Jesus se organizou em 1933 na borda do Saara, mas foi somente depois da segunda guerra mundial que começaram a florescer seguidores da espiritualidade em toda parte do mundo.

Albert Peyriguère, (28 de setembro de 1883 - 26 de abril de 1959). Foi um eremita religioso católico francês que viveu em Marrocos. Após ler a biografia de Carlos de Foucauld, escrita por René Bazin em 1921, decidiu dedicar a sua vida ao ideal de Padre de Foucauld, do qual se tornou um dos primeiros discípulos juntamente com Charles Henrion e Charles-André Poissonier. Eles passaram a usar o hábito ornado com o Sagrado Coração, que o Padre de Foucauld usava. Peyriguère escreveu muitos artigos que publicava no jornal Maroc Catholique, com o apelido de Paul Hector. Ele tornou irmão Carlos conhecido, pois nestes artigos apresentavam o resultados de suas pesquisas sobre o verdadeiro pensamento do Padre de Foucauld, Sem deixar sua vida contemplativa e monástica, também fazia muitas palestras e conferências sobre o irmão Carlos.

René Voillaume (19 de julho de 1905 - 13 de maio de 2003). Sacerdote e teólogo francês, fundador dos Irmãozinhos de Jesus. Aos 17 anos, lendo a biografia de Carlos de Foucauld, escrita por René Bazin, finalmente dirige sua vocação monástica, sacerdotal e missionária. com a fundação da Congregação para a qual Charles de Foucauld tinha desejado em regra: a vida contemplativa de clausura, muito pobre, dedicando a adoração do Santíssimo e vida missionária através da irradiação de uma vida evangélica da caridade. Escreveu o livro Fermento na massa. Em 1947, em Aix en Provence, com o apoio do arcebispo Dom Charles de Provenchères, ele fundou a primeira comunidade contemplativa na nação.

Os irmãos viviam centrados na adoração ao Santíssimo Sacramento e viviam misturados com o mundo dos pobres com quem partilhavam a condição do trabalho assalariado, sendo que depois entram para uma vida sem clausura, mais ativa. Daí surge em 1956, os Irmãozinhos do Evangelho e, em 1963, as Irmãzinhas do Evangelho. Também foi o exemplo para a fundação das mulheres seculares e da Sociedade Sacerdotal (atual Fraternidade Jesus Caritas).

Carlo Carretto, (02 de abril de 1910 - 4 de outubro de 1988). Membro da Fraternidade dos Irmãozinhos de Jesus e militante da Ação Católica, ajudou os leigos a encontrarem seu espaço de oração silenciosa  mesmo no meio de obrigações urgentes, mesmo em meio ao ruído do barulho da cidade, mesmo mesmo no meio da pobreza e do sofrimento, cheio de alegria. Ensinou também que uma verdadeira vida de oração não nos alivia de uma paixão pela justiça social e de um espírito de solidariedade para com o menor dos nossos irmãos e irmãs.




Arturo Paoli (30 de novembro de 1912 - 13 de julho de 2015). Nasceu em Lucca, Itália, e alí viveu sua infância e adolescência. Em 1936, graduou-se em Letras pela Universidade Católica de Milão.

Arturo foi um padre e missionário italiano, que pertenceu à Congregação dos Irmãozinhos de Jesus. Ele ficou muito conhecido pelo seu compromisso religioso e social em prol dos pobres. Ele viveu mais de 45 anos na América Latina. Destes, 14 viveu na Argentina, de 1960 até 1974, quando conheceu o Padre Jorge Bergoglio, então Provincial dos Jesuítas. Deixou depois o país, sob o regime peronista, e se transferiu para Venezuela onde ficou até 1985; veio para o Brasil e viveu aqui até 2005, quando retornou á Itália.

Paoli, já adulto, ingressou no seminário de sua diocese em 1937, e foi ordenado sacerdote em junho de 1940. Seu ministério sacerdotal não se limitou à esfera religiosa. Nos anos da Segunda Mundial, destacou-se participando da Segunda Guerra Mundial, destacou-se participando na Resistência Italiana, a partir de 1943, passou a ser perseguido pelos nazistas porque apoiava os judeus.

Magdeleine Hutin (26 de Abril de 1898 - 6 de Novembro de 1989). Irmãzinha Madalena de Jesus é uma freira católica. Ela descobriu a vida de Carlos de Foucauld em 1921, no livro de René Bazin, e decidiu continuar o trabalho do irmão Carlos.

Foi morar na casa das rmãs Brancas de Argel. Fundou uma nova congregação religiosa inspirada na espiritualidade de Carlos de Foucauld, as Irmãzinhas de Jesus, passou a usar o nome Irmãzinha Madalena de Jesus, e abriu uma casa em Touggourt. Muitas se ajuntaram a ela e , em 1949, já existe mais de cem freiras na congregação. Em seguida, fundou um acampamento entre os pigmeus, no oeste do Congo Belga. Em 1952, estabeleceu nas Américas pequenas comunidades nas favelas do Rio de Janeiro, nas tribos amazônicas, e em muitos outros lugares.

Em 1953,irmãzinha Madalena visitou a Indochina, África do Sul e Chile, em busca de fundar comunidades. Hoje as Irmãzinhas de Jesus são cerca de 1.350, espalhadas em pequenas fraternidades em todos os continentes.

Dom Paulo Ponte (24 de junho de 1931 - 15 de março de 2009). Fez parte da Fraternidade dos pequenos Bispos e muito ajudou na difusão da espiritualidade foucauldiana no Brasil. Ele abandonou-se totalmente nas mãos de Deus, buscando a conversão permanente e a busca do último lugar, o Evangelho e a Eucaristia. Procurou acima de tudo seguir o exemplo do Irmão universal, e proclamar o Evangelho com a vida.







Dom Antônio Fragoso, (10 de dezembro de 1920 - 12 de agosto de 2006). Foi o Bispo de Crateus-CE e era membro da Fraternidade dos pequenos Bispos de Carlos de Foucauld, grupo formado durante a participação no Concílio Vaticano II. Dom Fragoso acolheu na Diocese de Crateús por mais de vinte anos a Fraternidade dos Irmãozinhos do Evangelho através do Irmão e padre italiano Geraldo Fabert.





Dom Waldyr Calheiros Novaes (29 de julho de 1923 - 30 de novembro de 2003). A vida de Dom Waldyr foi de constante envolvimento com as causas sociais, participação que começou durante o período da Ditadura militar, em especial na defesa do trabalhador. Participou de atos públicos contra a violência e condenou a impunidade e tortura. A luta por justiça e igualdade lhe rendeu homenagens de grupos ligados à defesa dos direitos humanos.


Irmã Genoveva (19 de agosto d 1923 - 24 de setembro de 2003). Veva foi Irmãzinha de Jesus, nasceu e Valfraicourt, umvilarejo da França. De aparência frágial, magra, acordava todos os dias antes do sol para cuidar da pequena roça.

Ela chegou ao Brasil em 1952 , ao Vilarejo de Urubu Branco, no município de Confresa Mato Grosso com outras religiosas. Veio com a missão de viver entre os Apyãwa da tribo Tapirapé. A experiência exigia desprendimento para viver o modo de vida indígena. Viviam na tribo 43 indígenas. As religiosas então aprenderam a língua, os costumes e a fé local. A dedicação e o amor das freiras reforçou a auto-estima do povo Apyãwa e conseguiu unir os homens Tapirapé e as mulheres Karajá para garantir a multiplicação do povo. Logo na chegada, deram atenção especial à saúde, pois os indígenas estavam muito expostos ao contágio de doenças levadas pelos não-índios.

Irmã Genoveva se adaptou tão bem aos índios que era considerada uma deles, vivendo mais de 60 anos na tribo indígena, tendo a vida terminada com dores no peito em 24 de setembro de 2003 a caminho do hospital. Os Apyãwa fizeram questão de sepultá-la, segundo seus costumes, como se mais uma Apyãwa tivesse morrido. Os cantos fúnebres, ritmados com os passos se prolongaram por muito tempo, durante a noite e o dia seguinte. Muitas lamentações e choros se ouviam. Segundo o ritual Apyãwa, Genoveva foi enterrada dentro da casa onde morava.


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