O silêncio na espiritualidade de Nazaré

A vida de um irmãozinho confundida com a vida de trabalho, vivendo no meio social intensamente, em meio de amigos de vizinhança ou de trabalho, interagem em longas conversas, conversando sobre a vida, celebrando a amizade, tudo isso por optarem estarem no meio do mundo nas diferentes realidades, evangelizando por meio do testemunho, diferente de um monge de clausura que não possui tantas interações socias, às vezes focado somente no campo religioso, seja mosteiro, convento etc, por isso buscam o silencio muitas vezes mais como prática ascética propagada pela tradição monástica.



Já o foucouldiano, mesmo os eremitas, estão muitas vezes na luta no trabalho das empresas, no árduo trabalho, nas zonas ditas inferiores, convivendo, sofrendo e celebrando, mas não é por isso que deixam de serem homens e mulheres de interioridade e oração! A vida nos expõe a perder o hábito do silêncio exterior, mas dá a consciência da importância do silêncio interior, assim diz René Voillaume que esse silêncio interior para nós é sempre necessário e importante, mesmo que ás vezes é preciso o silêncio exterior como prática ascética na formação.



Mas, "Esse silêncio é mau se for a consequência de um temperamento fechado, de se satisfazer de um temperamento fechado e egoísta."

Mas é "bom quando é procurado como condição de um descanso necessário, para permitir o trabalho... numa alma invadida por mil cuidados". Como a se um irmãozinho de Jesus e da maioria das pessoas.

Para nós ele é excelente "quando procurado para orar a Deus", como fazemos na adoração e nas orações que são em silêncio.




Assim para nós nenhuma regra irá prever momentos oportunos de falar e calar, somos juízes de nossas próprias intenções, porém são indispensáveis para permitir a oração e controlar a autenticidade o silêncio interior, sabendo que fazer o silêncio interior é difícil, mas possível .

Por Eremita Lucas Silva Vieira

VOILLAUME, René. Fermento na massa. Trad. Carlos Pinto Alves, AGIR, Rio de Janeiro, 1958. P. 256-57
SILCANO, Bispo XLIV de Jerusalém. Livro da instituição dos primeiros monges fundados no antigo tratamento e que perseveraram no novo.
Trad. Aymerico. Madrid: Imprensa e livraria vida de Sigirano, 1958.

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